Mirror me


Eu tenho de ser como sou, exatamente aquilo que sou.
Encontro na escrita uma forma de me exprimir, mas já lá vai o tempo em que as palavras saíam dentro do tom; faço da fotografia a minha visão e encontro nela o que um dia se tornarão meros fragmentos, assim que a memória fraquejar.
Não espero o grande, mas penso em grande: para o futuro chega-me uma casa pequena e acolhedora, repleta de luz natural, se possível direcionada para o mar, situada sob a lua, pois é a simplicidade que me fascina e não há nada mais simples que a Natureza.
São algumas das minhas fontes de inspiração que me farão criar obras que preencheram o vazio das quatro paredes em volta de mim ou as folhas em branco que anseiam contar uma história. Quero dar amor, a filhos de pêlo pelos quais darei tudo, a minha vida, o meu coração e toda a minha dedicação para lhes trazer alegria ao olhar, amor ao coração, um tecto para os proteger e um nome para que a sua existência se torne inesquecível.
Anseio por um emprego, não preciso de ganhar um número bem rechonchudo, preciso de um emprego que me dê alguma estabilidade e que mesmo que me faça deitar na cama completamente exausta, que pelo menos me deixe com um sorriso no rosto, por ser algo que goste de fazer e por não deixar a minha imaginação parar; um dia encontrarei alguém suficientemente capaz de lidar comigo, com o meu feitio, com as minhas manias, com a minha terrível insegurança, alguém com quem partilharei uma vida, nutrirei um amor mútuo pelos nossos filhos de quatro patas, com quem enfrentarei problemas e festejarei vitórias, alguém preparado para conhecer cada parte de mim, do melhor ao pior, e mesmo assim, ser suficientemente corajoso e capaz de me amar tal como eu sou.