segunda-feira, outubro 20, 2014

F of Finito

 
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Não posso negar que tenhas tido um qualquer impacto na minha vida, da mesma forma que não posso negar de que esse mesmo período em que permaneceste na minha vida seria curto.
Seria injusto da minha parte tratar-te como uma página rasgada e voltada, embora na prática o continue a fazer, aqui, no meu reflexo, não o faço.

Foste a pessoa que após tanto tempo permiti que entrasse na minha vida, não apenas uma figura psicológica presente, mas sim uma figura física. Permiti-me vivenciar contigo momentos que à muito permaneciam guardados na gaveta, da mesma forma que tantas vezes cedi a assuntos outrora pendentes, mas agora concretizados.
Não me arrependo. Porque acredito que se o fiz, foi porque o queria tenha sido naquele momento ou em algo muito maior que isso.
Lamento se não fui aquilo que tu querias que eu fosse, mas acredito que lá no fundo já sabias disso, apenas nem sempre tinhas disposição para o ver, com olhos de ver. 


Não poderia deixar este espaço em branco. Teria de lhe dar um fim digno e hoje foi o dia escolhido para tal. Seguindo caminhos opostos, hoje não encerro um capítulo, encerro a história. Para trás ficam as memórias, as recordações, os momentos e tudo aquilo que ficou por fazer, por dizer. O foco, é no futuro, não no passado.

domingo, outubro 19, 2014

Waiting for the end

 
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E neste momento o grito de sufoco é tão grande mas ao mesmo tempo tão incapaz.
Mudo, inábil de se lhe dar voz, tão inábil que terei de o expressar através da escrita.
Encontro-me trancada num elevador de vidro, um espaço reduzido, cercado por 1001 espelhos, todos eles apontados para mim em que cada reflexo representa mais um nível abaixo do solo.

Acabo perdida. Não sei onde estou, não sei para onde vou. Não sei a quantos palmos de terra estou, não sei quanto falta até este tormento acabar, mas sei que estou no fundo.
Os pulmões começam a comprimir, o ar já dificilmente circula em mim; dou por mim a imaginar que certamente chegará o meu fim antes de propriamente chegar o fim.
Não tenho medo, tenho ansiedade e desesperadamente anseio que acabe.
Involuntariamente mesmo perante este desafio, não consigo deixar de me desafiar cada vez mais. A verdade é que continuo a exigir mais de mim do que aquilo que realmente possa fazer, sinto-me incapaz mas simultaneamente exijo que não me sinta incapaz, acabando por fazer o elevador de vidro pesar ainda mais por todo o fardo que carrega e obrigando-o a ceder mais uns quantos níveis.
Procuro um fim físico e mental e sei que ele vai chegar, esteja eu procurando por ele ou simplesmente sentada no chão desta caixa de vidro à espera que ele chegue.

segunda-feira, outubro 13, 2014

Motivation


Começar de novo. Fazer melhor.