sexta-feira, julho 19, 2013

Insecure

www.weheartit.com
Totalmente insegura, completamente perdida, desesperadamente à procura de algo que lhe faça escapar um sorriso e aprender freneticamente a gostar de si mesma. Sou eu.
Com medo de arriscar, por medo de perder nada, porque não há nada a perder; com medo do reflexo no espelho, de encarar um rosto inchado após uma longa noite de choro na companhia da almofada, com medo de enxergar uma silhueta que não agrada, que desmotiva e que faz querer desistir. Com medo de que os braços que hoje mal se erguem, um dia percam a pouca força que lhes resta, que os joelhos cedam e que o corpo desabe no chão, inanimado, semelhante a uma marioneta que perdeu a utilidade. Pela mente surgem ideias de um futuro, vontade de lutar por esse mesmo futuro, vontade de conquistar cada barreira e superar cada dificuldade, mas algures pelo caminho a garra desvanece e o medo assume o papel principal. É aqui que uma outra personagem entra, nesta fase da história é necessário alguém que leia nas entrelinhas e que perceba exactamente o que tem de fazer, mas não existe esse alguém, porque existe demasiada insegurança, demasiado medo para tentar, para sequer ponderar em arriscar.
Deixo o corpo cair sobre a cama, mas a mente não pára, talvez um dia ela apague por breves instantes e durante esses míseros segundos eu tome uma lufada de ar fresco e ganhe coragem para tentar de novo.

quinta-feira, julho 11, 2013

11? almost time for drop the rope

www.weheartit.com
Não tenho saboreado os dias da melhor forma, para ser sincera, todos eles têm um trago bem forte a desilusão. Torna-se exaustivo ver o tempo passar e os meus anos a complicar cada vez mais, sei que isso me fortalece, mas também me faz descer mais fundo, não sei se um dia terei forças para voltar à superfície de novo, já custa respirar, às vezes o esforço é tanto que só consigo pensar em simplesmente parar de tentar mas isso não faz de mim uma desistente, faz de mim alguém com coragem de colocar um ponto final na minha história e virgulas nas histórias de muitos outros, talvez até fosse uma nuvem negra a sair de cima dos ombros de muitos daqueles que ainda se importam.
Mas hoje, faço por dar uma folga aos meus pensamentos e preocupações e foco-me em ti.
Em mim. Num nós que nalguma altura existiu. Sabes que dia é hoje? Precisamente! Dia 11. Mais um. O 11º e olhando para o calendário faltam apenas mais trinta e um dias até chegar o próximo dia 11 - e atingimos a meta do primeiro ano. O tempo não pára de me surpreender, é mágico, ele cria, transforma, coloca a vida de pernas para o ar, volta a endireita-la, faz-la girar de novo e num estalar de dedos passam doze meses. Incrível.
Não preparei nada para hoje, não por falta de imaginação, criatividade ou tempo, mas sim por não querer. Está quase a fazer um ano e sinto que a corda está prestes a romper, para quê continuar agarrada a ela? Não quero ser radical e cortá-la de vez, não quero ser ingénua e ficar eternamente agarrada a ela até que se quebre, pois tenho bem noção de como as coisas foram e de como elas são agora, da realidade, por isso vou simplesmente largar e deixá-la ali, parcialmente intacta, para me recordar que um dia alguma coisa existiu e foi essa corda que nos uniu por uns tempos, deu para voltar a sentir carinho, rodeada de muito mimo e com a atenção toda virada para mim, eu vivi esses momentos e aproveitei cada segundo, como sempre custa ter de abrir mão mas com o passar do tempo interioriza-mos essas mudanças e acabamos por aceitar, mesmo que não estejamos de acordo. Eu já aceitei e agora está na altura de largar e esse dia definitivo será quando fizermos um ano, daqui a precisamente trinta e um dias, até lá...vou-me preparando, pois para mim ainda é um grande salto.
Vou deixar que o vento me vire a página e mais uma vez recomeçarei, sem menos uma personagem na minha história mas com mais um figurante. Não posso ter certeza que não vás notar a diferença, mas se notares...pensa que é um favor duplo.



Sempre fui melhor a empurrar do que a puxar.