domingo, dezembro 06, 2015

Impossible things


http://weheartit.com/myheartisforeveryours
Entre tantos amores que surgem por aí, eu escolho sempre os impossíveis.
Sou uma espécie de íman de impossibilidade, a mim não me interessa nem tão pouco me atraí o possível, soa-me demasiado fácil e facilmente também iria perder o pouco interesse que poderia existir.
Então eu vou directa ao impossível. Chego perto, iludo-me, deixo-me envolver-me de corpo e alma e depois vejo que não tenho saída. Quantas vezes mais serei capaz de me deixar levar assim? De me envolver em loucuras sem enlouquecer? E quantas vezes mais serei capaz de virar as costas e catalogar mais um amor como um mero capítulo de um passado possível no meio de tanta impossibilidade?
Nem me dou tempo de recuperar.
Não me curo.
Eu abro uma ferida e nem a deixo fechar, rapidamente estou a criar outra numa outra parte de mim e a antiga deixa de doer porque a nova começa a sangrar. E no final do dia, sou só um corpo forte mas frágil, coberto de feridas. E nenhuma delas vai cicatrizar, porque eu nunca me vou curar.
Na minha cabeça estou a reviver uma história que já vivi tantas vezes, fisicamente também, embora distante, mas psicologicamente estou demasiado dentro. Sou só a pessoa do outro lado. Controlada por outro alguém, que controla a minha presença em palco, que me diz quando entro e saio de cena...e eu obedeço. E só obedeço porque sou demasiado incapaz de parar agora. Quando ainda tenho tanto para sofrer.

terça-feira, novembro 17, 2015

The other side

 
little mouse, by J.

Vais ser sempre o "the other side", não sei porque vieste, não sei porque te conheci, mas sinto que foi simplesmente para me libertar, para que fosse finalmente livre de tudo o resto.
Por momentos senti começar a iludir-me, inundei-me de ti e tu quebras-te tudo isso.
Não estou desiludida, estou um pouco sentida sim, mas eu entendo...Não entendo os motivos, mas entendo que existiram e isso faz de mim um pouco mais crescida.
Há uns meses atrás teria ficado neurótica, teria tido vontade de me isolar, de me tornar invisível, mas não desta vez.

Foi a tua escolha e eu respeito. Não acredito que voltes, mas se voltares, estarei aqui e não atravessarei mais o limite que criamos.
Talvez daqui a uns anos tudo mude, quem sabe tudo aquilo que nos permitimos planear ainda venha a acontecer, a grande mudança, quem sabe?
Vais fazer-me falta. Falta da rotina que me crias-te e habituas-te. Mas eu entendo. Entendo.

Say you'll remember me
Standing in a nice dress
Staring at the sun set, babe
Red lips and rosy cheeks
Say you'll see me again
Even if it's just in your
Wildest dreams, oh

segunda-feira, novembro 02, 2015

November, 2


Let me out, por Sofia Gonçalves

Hoje poderia ser um dos dias mais felizes da minha vida.
A dar continuidade aquilo que começamos, à um ano atrás, este seria um dos dias mais felizes da minha vida. Sim, fazemos um ano. Faz um ano que nos conhecemos. E num ano muita coisa mudou, muita coisa se alterou. Fizeste-me alcançar picos de felicidade que nunca antes conheci, mas contigo também conheci noites em branco e noites em que adormeci em lágrimas.
Foste provavelmente o meu melhor e meu pior. Foste tudo.
Foste a pessoa que eu precisava, mesmo sem saber de que precisava eu.
Foste o meu mais sincero sorriso e a minha lágrima mais sentida.
No meio de tanta frieza e de um feitio complexo, conseguiste extrair preocupação, amor, carinho...sentimentos esses que outrora nunca tinham visto a luz do dia. Até tu apareceres pouco existia.
Havia um coração envidraçado, em vidro estalado. Tu deste-lhe um outro encanto, um propósito.

Foste provavelmente o meu melhor e meu pior. Foste tudo.
E ainda és.

E meses depois de lhe conhecer o fim, ainda continuo a desfolhar as páginas, páginas escritas com nenhures, páginas que não fazem mais sentido e tudo o que eu queria era alcançar a última página e deixar esta história na estante, junto de todas as outras histórias que descrevem a minha vida.
Mas não consigo. Eu tento, e não consigo.
E não entendo porque é tão difícil desapegar-me de ti, quando deixei de te querer no dia em que percebi que não te podia ter e eu só queria que não fizesses mais parte de mim, porque não tem mais sentido. Não faz mais sentido.
Perdi a conta aos ultimatos que fiz a mim mesma, às vezes que te rasguei em mil pedaços e voltei a colar-te pedaço a pedaço. É uma luta. É o desespero de te querer perder mas te querer ganhar e como se ganha uma luta assim?
Ando perdida à meses, olho à volta e agora tenho tudo aquilo porque tanto lutei, mas falta uma peça do puzzle, uma peça que não encaixa mais aqui mas que eu tento desesperadamente encaixar.
Essa peça és tu e só em ti vejo significado, mas já não lhe vejo propósito.
E sinto em ti, sinto-te a distância, sinto-te as palavras desprovidas de qualquer sentimento, sinto-te a ir e sinto-me a ir atrás sem motivo. Vou porque me prendi a ti. Vou porque estou presa a ti.
E não consigo sair.

"If you think it's over
You think we're nowhere, just let me out
I'm making it easy
For you to go leave me, just let me out"

sexta-feira, outubro 23, 2015

The way you're holding on to me makes me feel like I can't breathe


Let me go, por Sofia Gonçalves
Não sei porque continua a custar tanto...parece que o tempo está em luta comigo, quanto mais tempo passa, parece que é mais difícil deixar-te para trás. Não entendo, honestamente não entendo.
Não entendo como posso continuar a sentir falta de tudo, como posso lembrar-me de ti a toda a hora seja pelos trilhos que cruzo, pelo que os meus olhos vêem ou pelo que sinto.
Tu estás completamente em mim mesmo já não estando.
As minhas lágrimas são tuas, mas os sorrisos também e até mesmo o frágil olhar. Continua a pertencer-te, tudo isto. Acho que te amei em pleno e são nestes momentos que acredito que ainda te amo, mesmo negando.
Os sentimentos não se negam, sentem-se e pronto. E eu sinto em demasia.

Não sei descrever o sabor das minhas lágrimas. Não sei se são de saudade, de tristeza, talvez de raiva ou qualquer outra emoção que me inunda.
Não sei nada e, sinceramente, não quero saber.

Queria que fosses de vez, de mim, da minha memória e de qualquer parte de mim que inevitavelmente se lembra de ti. Queria puder esquecer. Mas não entendo porque é tão difícil.

segunda-feira, setembro 21, 2015

Now we burn

 
Now we burn, por Sofia Gonçalves

Meses depois, estou de volta aquele que sempre foi o meu refúgio.
Os dias têm sido duros, os meus olhos volta e meia inundam-se de lágrimas e o sabor dos meus lábios é de despedida, com um trago forte a dor.
É difícil virar as coisas e continuar a andar quando o que mais queremos é virar-nos e correr para trás. Mas a vida não corre nessa direcção e quando já nada nos prende, temos de seguir o curso natural das coisas. Acho que esta foi a despedida mais difícil que tive até hoje, acho que nunca cedi e tentei tantas vezes como aqui. Talvez por já ter virado uma rotina, agora seja mais difícil quebrá-la.

Responder que "não" à pergunta "voltavas?" acho que foi o que mais doeu, não pela palavra "não", não pelo sentido da minha resposta, mas por tê-lo feito com tanta convicção, quando de todas as outras vezes existia sempre um "talvez" repleto de esperança.
Amar não é tudo. Amar não chega. Existem tantas outras raízes que provêm dessa palavra e todas elas são igualmente importantes, talvez por nunca se lhes ter dado o devido valor, tudo isto tenha agora que tenha ser quebrado.
Voltei a fechar-me dentro das minhas quatro paredes, aos poucos tenho quebrado as ligações que construí por aí, não por vontade própria, mas sim por uma necessidade que me ultrapassa.
E eu que pensei que nunca mais ia voltar ao buraco de onde saí...

Faço promessas que não tenho intenções de cumprir, pondero convites que não os irei concretizar, mas tudo isso tem apenas uma razão de ser: fazer parecer que está tudo bem, quando não está.
A ilusão.
Mas por detrás de tudo isto, estou eu ali. No fundo, sozinha, no meu pequeno refúgio que me serve tão bem. A minha concha. E sei tão bem que vai demorar muito para de lá sair, se algum dia for capaz de sair de novo. Vou voltar a ser dura, não com os outros, comigo. Vou descarregar em mim toda a minha raiva, vou endoidecer dentro de mim mesma e vou-me quebrar sozinha.
É a minha maneira de sofrer. Invisível.

sábado, maio 16, 2015

Chapter III, as lovers...

Oporto lovers, por Sofia Gonçalves


Obrigada por mais um dia, mais uma noite, no meio de tantas outras.
Olhar para ti e apreciar a tua beleza singular, olhar-te nos olhos e saber que os mesmos estão direccionados para mim e que és minha...é algo impossível de descrever, não consigo explicar como tudo isto me faz sentir.
Tenho em ti a pessoa com a qual sempre sonhei, tenho em ti tudo aquilo que sempre quis conquistar e não poderia estar mais feliz com a vida que tenho hoje, contigo, ao meu lado. Quando te dou a mão, quando encosto a minha pele na tua, oh...eu quase ganho asas e por instantes acredito que sou capaz de voar! Deste-me a conhecer o amor, H.
Sabes?
Sabes o quão raro isso é? Sabes o quão difícil é conhecer alguém que me faça sentir tudo o que sinto contigo? Que me faça trespassar limites? Que me faça apaixonar todos os dias por ti? E sentir o orgulho que sinto por ti? Por nós? E pela pessoa que me tornei desde que apareceste na minha vida? É raro. Tão raro. E é também por isso que o valorizo tanto.

Por ser algo que nunca vivi antes, que nunca senti antes e por todos os dias, ao acordar e ao adormecer, não querer estar com outra pessoa que não tu.
Não me canso de te dizer o quanto sou feliz contigo, mas melhor que isso, não me canso de to mostrar. Não consigo evitar a felicidade e o sorriso de quando te olho nos olhos, de quando te vejo e não consigo evitar as lágrimas quando imagino tudo isto e não te tenho aqui agora para te olhar de novo, só por uns segundos...

Nunca me dediquei tanto a alguém como me dedico a ti.
Não na tentativa de forçar algo, porque não preciso disso, mas porque é algo que me dá prazer fazer. Cuidar de ti, fazer-te feliz, estimar-te, amar-te...É isto que quero fazer.
Se possível, até ao meu último respirar.
Não peço grandes coisas. Peço-te a ti e tudo o que de mais simples e natural há em ti.
Peço o teu sorriso, o teu olhar, o teu beijo, o teu toque, a tua companhia, o teu respirar por cima do meu pescoço...é isto que quero. Quero-te a ti.


Parabéns e nós por mais um degrau subido. É o terceiro lado a lado as lovers, agora dá-me a mão...vamos caminhar, sem pressas, rumo aos tantos outros que ainda nos esperam. Vamos espalhar por aí o que somos. Vamos ser felizes, e contigo sou, genuinamente feliz.


Amo-te

a tua Sofia.




16.05.2015
 

quarta-feira, maio 06, 2015

Tu e eu

http://weheartit.com/myheartisforeveryours

Sinto a minha cabeça prestes a rebentar, o coração bate muito calmamente, sinto-me estranhamente tranquila, como se mais uma vez andasse sem rumo, e ando, mas como se não fizesse diferença.
Hoje tudo em mim veste o luto, perdi talvez a única coisa que nestes últimos meses me fazia feliz, me fazia sorrir, mas a forma como agias comigo, por muito que eu quisesse ficar contigo, não podia.
Não tive medo, mas quebrei a confiança...não sei se estando diante de ti as tuas palavras escritas se tornavam agressivamente verbais e se não viriam a acabar por me tocar na pele com a força da tua raiva. Se algum dia chegássemos a esse ponto, e sinceramente não sei se não chegaríamos, como poderíamos voltar a olhar nos olhos uma da outra? Como podíamos conviver com o facto de que hoje excedemos os limites e como iria ser amanhã? Iríamos excedê-los ainda mais? E onde tudo isto iria parar? E quando é que tudo isto iria acabar? Quem iríamos ser nós?

Dói. Dói muito ficar sem ti, perder-te, ganhar a tua ausência, mas sei que não devo de ir atrás pelo respeito que tenho por ti. Não sei se a nossa história acaba aqui ou se continuará, talvez melhor, talvez pior. Não sei. Só sei que te amo, com todo o meu ser.


"Se o amor nos deixar
A terra desabar
E o tempo nos mudar
Irei estar sempre aqui

A chama se apagar
Se a idade não perdoar
Quando não me ouvires cantar
Eu não sairei daqui

Se o brilho acabar
E um dia for demais para dar
E o nosso olhar não se cruzar
Ficarei por aqui
Mas o amor já nos deixou
E o mundo desabou
Mas o tempo não mudou
O que foste para mim

E mostramos depois
Que nada se constrói
Sem que antes tenhas
Errado ao tentar"



segunda-feira, maio 04, 2015

New place to call home

Hoje faz precisamente um mês que esta casa se tornou o meu novo lar.
Faz também um mês que deixei de viver e conviver contigo e sabes? Não sinto falta.
Tenho recordações, tenho saudades, mas nenhuma delas é de ti. És como um passado que não pode existir no presente, nem tão pouco no futuro.
Vou ter sempre uma ligação contigo, é verdade, quando mais não seja no nome que ambos partilhamos e acho que essa é a presença maior de ti na minha vida.

Tudo o resto não existe mais, não faz falta.

Não que te importe...mas, estamos bem.
Estamos bem sem ti.
Os dias têm sido calmos, temo-nos unido. Ninguém tem sentido a tua falta e para ser sincera, pensei que isto fosse pior do que aquilo que está a ser. 
Acho que todos os teus erros levaram a isto, que a pessoa em que te tornaste (secalhar até, a pessoa que sempre foste) levou a que te tornasses também tu dispensável. E és.
Espero que nunca te passe pela cabeça voltar, porque não és mais bem-vindo.

Um adeus sincero,

da tua filha.

segunda-feira, abril 20, 2015

II ♥

 
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Não deixei qualquer registo no nosso dia, não por falta de tempo, não por falta de vontade, mas porque dediquei este dia totalmente a ti, fisicamente, psicologicamente, de corpo e alma.
Passar o nosso dia contigo, poder sentir-te, abraçar-te, tocar-te, beijar-te, foi a melhor prenda possível! Não consigo descrever o quanto isso me fez feliz, a alegria que me deu e o quão bem soube puder estar contigo e matar todas as saudades que tinha de ti.

Hoje as palavras abundam, tal como a vontade de escrever e por isso voei até ao meu cantinho para escrever sobre nós. Não me arrependo de toda a luta que me deste, de todas as lágrimas que rolaram por ti, do quanto custou e do quanto sofri, porquê? Porque tudo isto valeu a pena.
Não foi fácil, houve dezenas de vezes em que só me apetecia baixar os braços e desistir e confesso que, algumas vezes quase o fiz, mas o que sentia por ti era mais forte que tudo e nunca me deixava realmente voltar as costas. Voltava sempre a ti.
És o meu íman humano. Sou constantemente atraída até ti e não consigo afastar-me (e também não quero). Agarra-me com força e nunca me deixes ir, porque...
 
Sou muito feliz contigo!
Quando olho para ti não consigo focar em mais nada, só existes tu, só existe nós.

És a pessoa que quero ao meu lado, do meu lado. És a quem quero dar a mão, fazer longos passeios na tua companhia, dormir abraçada a ti, partilhar contigo toda a minha vida. Preciso de ti, todos os dias.
O resto? O resto é dito e feito em privado.

Amo-te, HC.

16.04.2015

terça-feira, março 24, 2015

'Cause you make me feel like the only girl in the world'

 
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Não, hoje não existe nenhuma data especial ou particular para escrever. Existe apenas um motivo: tu.
Ontem foste capaz de me fazer sentir completa de novo, depois de todas as tempestades que temos enfrentado e que por vezes nos sugam com elas. Ontem sorri de novo e aquele sorriso tinha valor, tinha um gosto diferente, era espontaneo, era verdadeiro. Aquele teu primeiro abraço acompanhado de mimo só me fez pensar o quanto era feliz e o quanto queria isto, tu. O quanto queria dias assim para o resto da minha vida, porque só tu eras capaz de ter aquele efeito em mim. Sorri.
Sorri com os lábios, com o coração, com a alma. Tudo em mim sorria e tudo em mim tremia de medo de te perder. Não o posso negar. Quando temos algo demasiado valioso na nossa vida tememos o pior, tememos perder aquele tesouro, aquele "qualquer coisa" que nos projecta para um outro lugar, para um outro mundo. Tudo voltou. Ontem, tudo isso voltou. 

Quero manter. A felicidade fica-me bem e eu gosto de estar feliz, eu gosto de ser feliz, contigo. Não consigo ser capaz de descrever o que sinto por ti. Eu estremeço contigo. Arrepio-me com o teu toque, com o teu beijo, com o teu respirar. Eu sinto-me incapaz de te resistir, tens um efeito em mim que não consigo combater. Gosto disso.
Gosto de que quando estou contigo, me leves a fazer tudo aquilo que nunca imaginei, que me faças querer perder o controlo e apenas viver o momento.

Fazes de mim uma mulher confiante, feliz. Fizeste de mim tua mulher. E eu gosto do lugar que ocupas na minha vida, és mais que qualificada para esse lugar.

Vou-te dizer um segredo ao ouvido: amo-te.

segunda-feira, março 16, 2015

mission: failed

Por Sofia G.
E hoje fariamos um mês.
Falhei no objectivo, não por culpa minha porque tenho consciência de tudo o que fiz e tudo isso foi por ti. Mudei-me, moldei-me, adaptei-me a ti sem reclamar, mas falhei. No fundo, falhei.

Tentei, esforcei-me, mas não podia carregar mais uma relação ao colo, não podia lutar por nós duas, nem viver uma relação sozinha. Não me deste outra hipotese, ignoras-te todos os avisos, todos os alarmes e todos os perigos; no final de tudo isto, ignoraste-me a mim. Senti-me invisível, sem valor, inútil, esquecida, incapaz, perdida e não fizeste nada para me trazer de volta. Deixaste-me a afundar por dentro, mesmo que tenha vestido uma armadura à prova de ti, eu afundei. Deixas-te mossa, algo irreparável, que está registado e não será esquecido, faz parte de mim como cada sinal do meu corpo ou cada momento na minha memória; porém, dei-te uma alternativa.
Cansei de palavras, cansei de gestos, anseio provas. Ainda tens a chave, ainda podes mudar tudo, não podes alterar o passado e todos os erros dele, mas podes mudar o curso de toda a história. Depende de ti. Se de todas as outras vezes parei de viver para esperar por ti, desta vez a minha vida vai continuar, um pouco diferente é verdade, mas todos os desafios que nela enfrentamos fazem-nos tomar decisões, mudar, crescer e eu estou a fazer tudo isso. Não queria que conhecesses o meu lado mais sombrio, mas a luz ao fundo do túnel não existe mais. Não me resta outra opção senão me proteger de ti e de todas as tuas balas que tanto magoam. Não mereci. Não mereci nada disto mas...
Obrigada. Já o repeti dezenas de vezes mas digo-o de novo: obrigada, por me teres ensinado a viver, a amar, a sentir, a cuidar. Vou guardar com carinho todos estes momentos, vou relembrar todos os dias em que fui feliz como nunca antes tinha sido, todas as vezes que deitei a cabeça na almofada de sorriso no rosto e lágrima de felicidade que teimava em escapar, todas as borboletas na barriga e apertos no peito, todas as palavras que descobri o significado e senti cada vez que as pronunciei, prometo.

Agora preciso de ir.


sexta-feira, março 13, 2015

Promise?

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Honestamente, espero que tudo isto seja apenas mais uma fase, mais uma daquelas fases que volta e meia temos de superar porque estamos a ser postas à prova. Espero que muito em breve tudo isto acabe e voltemos a ser nós, tal como temos sido ao longo de todo este tempo.
Tenho-me mantido no silêncio, é verdade, não que não tenha vontade de falar ou saudade, apenas tenho-me mantido em controlo, por respeito, respeito a ti, ao teu espaço. Por mim ia a correr até ti neste preciso momento, ia ficar de frente para ti a olhar-te por horas a fio e a apaixonar-me mais a cada segundo...porque é isto que acontece quando te tenho diante mim.
Vivo em constante sobressalto com medo de te perder, desde ontem que o coração me foi parar às mãos e estou a fazer de tudo para o manter intacto. Mas...e se tudo se for? Que sentido faz que ele se mantenha seguro quando perde tudo o que o torna vivo?
Por mais que o descreva, por mais que o demonstre, tu nunca irás conseguir ver como as coisas realmente são e não há nada de errado nisso, apenas me vou esforçar mais, tentar mais, todos os dias, por te fazer feliz e te fazer sentir o quanto me fazes feliz a mim.
Deste-me a descobrir algo que jamais sonhei existir. Ensinaste-me tanta coisa e há ainda tanto para aprender. Desenterras-te um sorriso, uma capacidade de amar que jamais conheci, contigo descobri o verdadeiro significado da palavra "apaixonada" e o que é na realidade a felicidade, e tudo isto se resume a uma coisa só: TU. 
Não quero que carregues em ti um fardo ou um peso, nada disso, quero que te vejas ao espelho como alguém que teve a capacidade que nenhum outro alguém teve. Toda a restante responsabilidade carrego eu.
Só te quero comigo, só quero que sejas minha, não me importa como, nem o ritmo, nem nada mais, deixo que sejas tu a comandar tudo isso, porque desde que te tenha comigo...eu estou bem, eu tenho tudo aquilo que necessito.
Promete-me. Promete-me só que voltas, porque a sensação de estar na iminência de te perder arrasa comigo. Deixa-me perdida, não há vontade de sair da cama, nem de sentir o sol queimar-me a pele, não há vontade de existir para o mundo. Então apenas volto para o buraco de onde me tiras-te, longe de todo e qualquer olhar, vivendo num refúgio, escuro mas seguro.
Amo-te. Compreendes-me?

segunda-feira, março 02, 2015

I, II, III, IV! ♥

 
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Acima de um amor, está uma amizade...e como tal, hoje comemoramos quatro meses de uma, apesar de ser muito mais que isso. Torna-se difícil descrever tudo o que sinto por ti, desde as coisas mais simples às mais elaboradas, tem sido uma jornada árdua mas muito recompensadora e não sei, não sei se haverá algo mais recompensador do que ter-te comigo. Ter-te como um todo, como amiga, companheira, namorada, inspiração...são infinitas as formas de como te tenho, são mesmo.
Não imaginas o orgulho que tenho em ti, em nós, o quão feliz sou e o quanto me fazes feliz; todos os dias apaixono-me um pouco mais, com simples gestos, com pequenos momentos, pelo teu sorriso, pelo teu olhar, pelo teu jeito, por ti. Estou completamente rendida, estou completamente perdida em ti. Não sou capaz de ver nada além de ti quando te tenho comigo, absorves toda a minha atenção, preenches o meu olhar, inundas o meu peito. Existes em mim, em cada poro de mim. Existes por todo o lado e eu adoro viver contigo ao meu redor.
Quero que sejas tudo. Na verdade por vezes chego mesmo a ter receio, medo, é tudo novo, desconhecido, mas aquilo que sinto...faz-me arrepiar, faz o meu estômago dar mil e uma voltas, sabes do que falo? Do futuro.
Estranho não? É...ver um futuro contigo, ir mais além de imaginar, acreditar mesmo que é possível e estar a trabalhar para isso, passo a passo, sem pressas.
Olhar para ti e ver o amanhã, viver o hoje, mas sentir que é certo e claro que existe um amanhã.
Uma vida contigo. É assustador...mas ao mesmo tempo, é tão aconchegador.
Quero continuar a cuidar de ti, todos os dias. Quero puder dar-te o melhor sorriso do teu dia, o abraço mais apertado, o carinho mais reconfortante, o beijo mais apaixonado; quero encaixar a minha mão na tua, focar o meu olhar no teu, caminhar em passos sincronizados e que os nossos corações batam em sintonia. Quero que tenhas em mim um abrigo, uma boca calada que te vai ouvir sempre que precisares falar ou gritar, quero ser o teu tudo, mesmo quando achares que o tudo é um nada.

Sou demasiado feliz contigo, sabias? É surreal tudo isto. Às vezes preciso de me beliscar para sentir que tudo isto é real, que tu és real.



Adoro-te, Hccc.
02.11.2014 / 02.03.2015
 


 

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

16.02.2015 ♥

 
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You're the light, you're the night
You're the color of my blood
You're the cure, you're the pain
You're the only thing I wanna touch
Never knew that it could mean so much, so much


So love me like you do, lo-lo-love me like you do
Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Touch me like you do, to-to-touch me like you do
What are you waiting for?

Fading in, fading out
On the edge of paradise
Every inch of your skin is a holy grail I've got to find
Only you can set my heart on fire, on fire
Yeah, I'll let you set the pace
'Cause I'm not thinking straight
My head spinning around, I can't see clear no more
What are you waiting for?  



Fecho os olhos e sabes o que vejo? Tu.
(obrigada por seres minha, finalmente minha)

sábado, fevereiro 07, 2015

No expectations

 
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Aquilo que supostamente era um encerrar de capítulo tornou-se no início de outro.
Mais uma vez a vida foge-me do controlo e entro de novo no barco do qual estava de saída.
Pergunto-me: será que algum dia serei capaz de te olhar sem sentir nada? Será que algum dia serei capaz de partilhar o mesmo espaço que tu, de estar na tua presença sem ter necessidade de te tocar? Será que algum dia serei capaz de falar contigo cara a cara, olhar-te nos olhos e nenhum músculo de mim ter de resistir aos impulsos de te querer beijar?
Sinto-me impotente por agora, não quero lutar contra isso, quero deixar-me levar.
Sem expectativas, sem ilusões. É como se ficasse de fora do grande ecrã a assisitir a minha vida acontecer. E deixo acontecer.

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Ghost-thoughts


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Já tive tempo para parar, já tive tempo para digerir e agora na minha total privacidade tenho liberdade para soltar as palavras e permitir-me escrever tudo o que sinto neste exacto momento.
Pensei em ti, não o vou negar, mas não da maneira que era suposto. Não sofri, senti alívio.
Pude respirar fundo e repetir para comigo mesma que mereço, sem sombra de dúvida, melhor.
Contudo, a noite chegou e os pensamentos-fantasma tomaram conta de mim. Não sofro. Apenas sinto saudade de ti. Não de ti exactamente, mas de todos os momentos pelos quais me apaixonei, mais e mais. Neste momento tenho o pensamento inundado desses momentos, sinto-me a afogar-me neles e pressinto um rebentar de lágrimas que está para vir.
Quase que posso sentir o teu olhar em mim de novo, aquele olhar que penetrava em mim e descia até aos meus lábios, que emanava desejo ao mesmo tempo que ficava horas a ouvir-me falar até ao momento em que os teus lábios me calavam. Aquele olhar que tantas vezes, durante olhares cruzados em silêncio falava mais alto que muitos dizeres por aí, o olhar pelo qual me apaixonei mas que não vejo mais, não sinto mais.

Estou a iniciar o desapego de ti e de tudo o que te pertence.
Estou a começar pelo teu olhar, o teu toque e eventualmente irei despedir-me do teu beijo, de ti.
Irei guardar-te na minha memória e um dia serás apenas isso: uma memória. Uma memória que irá tornar-se turva, confusa...esquecida.


O capítulo termina aqui. A tua personagem morre e sai de cena.
Restam apenas as linhas e entre-linhas escritas, de que um dia me fizeste (verdadeiramente) feliz.

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Harder...

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Três meses já se passaram e continuo a sentir o mesmo quando olho para ti.
Por vezes não posso evitar as duvidas que surgem, mas no momento em que olho para ti, no momento que os meus olhos se cruzam com os teus e me perco nos teus lábios, todas as duvidas se desvanecem e eu sei...
eu sei que é a ti que eu quero.
Cada dia que passa é um dia de aprendizagem, todos os dias aprendo a melhor forma de lidar contigo, todos os dias aprendo algo novo sobre ti e espero um dia vir a ser suficientemente capaz de te dar tudo aquilo que tu precisas. Não prometo não falhar, mas prometo tentar amenizar as minhas falhas.
Quanto a ti, não quero que me prometas nada, quero apenas que nunca me escondas nada.
Agora dá-me a mão, vamos só partilhar o silêncio.
Vamos só relembrar e reviver estes três meses e projectar mais três (sejam eles como for, sejam eles o que for).





« And if in the moment you bite your lip
When I get you moaning, you know it's real
Can you feel the pressure between your hips?
I'll make it feel like the first time
'Cause if you want to keep me
You gotta, gotta, gotta, gotta, got to love me harder
(Imma love you harder)
And if you really need me
You gotta, gotta, gotta, gotta, got to love me harder »




02.11.2014 - 02.02.2015

domingo, janeiro 25, 2015

5:30 a.m

E em breves instantes estou de volta aquele beco sem saída que por tanto tempo foi a minha casa.
Diante dos meus olhos vejo novamente a vida ficar-me em segundo plano, sem puder dizer ou fazer nada para mudar o rumo que ela está a tomar. Volto a ficar encostada à parede, impedida de escapar, a dada altura o corpo cede e deixo-me cair. Aquele beco, escuro e frio, volta a ser o meu tecto.
Até quando? Até quando terei de continuar a anular os planos de uma vida? Até quando terei de adiar um futuro? Até quando?

sexta-feira, janeiro 02, 2015

60. "we're smiling but we're close to tears"

 
http://weheartit.com/myheartisforeveryours

Começou um novo capítulo, virei a última página do último capítulo e dei-lhe continuídade numa nova página.
Na verdade comecei por preencher essa primeira página, outrora em branco, com muito do passado, porque pela primeira vez desde que tenho memória iniciei um capítulo com uma outra perspectiva, com uma outra esperança. Olho para trás e parte de mim ainda nem acredita que hoje piso o chão da felicidade, esse chão que tantas vezes me pareceu tão perto mas que na verdade não passavam de rasteiras, duras rasteiras que me faziam cair a cada passo em falso.
Hoje tenho diante de mim inúmeras possibilidades e oportunidades, algumas bem duras mas que farei por manter a positividade, porque quando se aprende a ver o outro lado as coisas conseguem ser bem melhores. E eu prometo abraçar cada uma delas.
É de facto um novo começo. Involuntariamente tive de fechar algumas portas em 2014 mas tive o privilégio de abrir tantas outras janelas.
Uma dessas janelas foste tu.
Sou tão feliz contigo que por vezes rebento em lágrimas. Se à dois meses atrás me tivessem dito que naquela noite eu iria encontrar um sorriso que me iria levar até à felicidade eu teria rido espontaneamente e seguido numa outra direcção.
Mas ninguém me disse, eu simplesmente esbarrei nele.
Hoje, e apesar de todos os desafios que já tive(mos) que superar, não imaginas o quão feliz estou por me ter cruzado contigo àquela hora, naquele local.
Em vinte e dois longos anos não tenho memória de alguma vez ter vivenciado o que vivo contigo todos os dias. A verdade é que sempre associei lágrimas a tristeza e contigo descobri-lhes um novo sabor, um novo significado.
Dou por mim algumas vezes a recordar-te e a sorrir instintivamente em simultaneo com as lágrimas que me brotam dos olhos, por vezes até quando ainda estou acompanhada de ti, acho que é porque a felicidade é tão imensa que necessita libertar-se da minha alma, aproveitando-se do meu corpo para se mostrar ao mundo, mesmo quando o coração prefere sentir e calar.
Diariamente manifesto o que sinto por ti de formas que nunca me imaginei fazer, contigo tenho vindo a descobrir partes de mim que nem sabia existir e não te podia estar mais grata por tudo aquilo que me dás, mesmo que a bagagem que carregas às costas nem sempre seja a mais fácil de suportar ou que nem sempre esteja em sintonia com a minha. Até isso: aprendi a agradecer, a agradecer-te, por me permitires ser feliz.
Tu não sabes (ou ainda não sabias), mas o que sou agora foi algo que me privei de o ser durante muitos anos. Por medo, por receio e por castigo.
Não perguntes porquê, apenas retém que tu surgis-te para fazer mudar tudo isso.
Ao fim destes 60 dias ainda sorrio quando recebo as tuas mensagens, ainda tenho medo de te perder (mesmo que não te possua), ainda sinto mil e uma sensações quando estou diante ti. Ao fim destes 60 dias ainda nada mudou, é como se te tivesse conhecido ontem e a verdade é que sem saber, conheço-te todos os dias.
Se pudesse...não tirava os olhos de ti, fazia do teu sorriso permanente, transformava os teus braços no meu abrigo mais seguro e não largava mais a tua mão.
Obrigada, obrigada por tudo, por todos os dias; mas em especial, obrigada, por gostares de mim mesmo quando eu não gosto.



Adoro-te e sou muito feliz, contigo.
02.11.2014 - 02.01.2015