quinta-feira, julho 31, 2014

Room 10 - resumption

Por Sofia G., Room 10 - Monte Carlo, Porto, Portugal
Último dia do mês.
Este mês que foi repleto de desavenças às quais aprendi a ceder. Aprendi a ceder-te.
Coloquei os obstáculos de parte, fechei os olhos e deixei-me levar.
Deixei-me levar até ti.
Vi-te. Sorri-te. Matei as saudades que tinha de ti.
Iniciamos aqui um novo capítulo. Colocamos em prática uma das mil e uma ideias que tínhamos vindo a gerar nas nossas mentes e este é o primeiro registo de muitos.
Algo banal para muitos, mas que para nós simboliza a chave de acesso que nos leva a outro mundo, ao nosso mundo, constituído por nós e quatro paredes.
Vou continuar a dar asas à imaginação, a explorar...contigo do meu lado.





25th July, 2014

terça-feira, julho 08, 2014

Chapter: Past


Numa viagem ao passado, hoje, faríamos dois meses.
Há dois meses atrás este teria sido o dia mais importante desde o dia que nos conhecemos.
Foi o dia em que assumimos algo. Não apenas para nós, mas para tudo aquilo que nos rodeava.
Sem medos, sem segredos.
E por imprevistos que não fomos capazes de superar, tivemos de largar as mãos que nos uniram por tantos momentos. Também hoje, e porque soubemos corrigir os nossos erros e ultrapassar todas aquelas barreiras, enfrentar todas as dificuldades e ir vencendo cada desafio, tivemos a oportunidade de recomeçar, do zero, do vazio, do nada.
Temos vindo a fazê-lo, temos vindo a preencher o álbum das nossas vidas com memórias, com momentos, com sorrisos mas também com lágrimas, porque todas as peças encaixam e todas as peças merecem o seu momento.
Um dia destes chegará a data do nosso recomeço, esse dia sim, será o nosso presente.
Jamais apagaremos da nossa memória a primeira vez em que tudo começou, não se esquece algo assim, apenas se guarda toda a bagagem num capítulo chamado passado.
E é onde tudo isto pertence. É apenas um pormenor, uma vírgula.
Vamos fazer diferente. Vamos fazer melhor. Vamos fazer-nos felizes. Agora.


terça-feira, julho 01, 2014

H.e.r.o

www.weheartit.com
Não posso dizer que sinto por completo a tua falta, porque não sinto.
A tua presença, as tuas palavras, têm-me deixado desconfortável. Não inquieta, apenas desconfortável.
Confesso que às vezes perco a vontade de te escutar, especialmente ultimamente quando as tuas palavras são lançadas em forma de crítica, quando estas mesma palavras servem para magoar e criar-te um certo ódio por parecer que sabes sempre tudo, mas às vezes não sabes de nada.
Existem sentimentos, momentos, que não é possível explicar por palavras, mesmo que se tente, nem sempre somos compreendidos e nem sempre somos capazes de dizer exactamente aquilo que queremos dizer.
Eu sei o que tu queres para mim, mas aquilo que eu quis, não é o que quero agora. Porque, eventualmente, temos de saber desistir. Temos de saber que não há mais nada ali.
Eu aceitei isso. Aceita tu também.
Aceita também que eu errei mas que agora estou a tentar corrigir aquele erro que podia ter sido o motivo de um grande arrependimento para mim.
Talvez um dia entendas. Talvez um dia nos entendamos de novo. Mas por agora precisamos de entender as coisas sozinhos. Às vezes o que sentes, não é aquilo que demonstras, consegues entender o quanto consegues magoar? Tens capacidades para mais e melhor.
Tens capacidade para continuar a ser aquela base sólida que algumas vezes foi o meu melhor encosto em momentos em que não soube controlar as emoções e te deixei ver-me enfraquecer. Eu também sou fraca. Raramente. Mas sou.
Às vezes perco o controlo de mim própria e deixo-me levar, deixo-me perder, porque na verdade procuro uma oportunidade para desaparecer. Mas agora? Agora não.
Agora estou a (aprender a) ser feliz. Aos poucos. Aos poucos vou permitindo, aos poucos vou-me permitindo. Estou a curar-me e percebi que não sou capaz de o fazer sozinha, porque para isso tenho de esquecer as cicatrizes que trago no corpo.
Entendes?


Entendo o que precisas.
E mesmo que com o coração apertado, deixo-te ir.
Não sou ninguém para te tentar prender cá quando tu queres ir.
Vai. Descobre-te. Talvez o que queres hoje, venha a ser o oposto do que tu quererás um dia. Espero que sim. Mas espero-te aqui.
A nossa história não acabou, nem a nossa amizade. Só aguardam um reencontro.
Cura-te. Porque também te precisas curar e talvez neste momento, a tua cura deva ser feita longe de mim. Um dia volto. Um dia voltas. Um dia.





Espero-te aqui.
Juntamente com as nossas caminhadas nocturnas.
Embaladas em músicas depressivas e conversas profundas.
Espero-te aqui.
Juntamente com as memórias das conversas que tantas vezes nos libertaram.
E fizeram de nós,
um pouquinho mais...humanos.