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É um medo que me assombra, como se fosse a minha própria sombra, que me desampara, que me desequilibra e que me faz estremecer por cada vez que o vejo aproximar-se pelo canto do olho.
Que vivi eu? Que vida tenho eu? E quando chegar o fim, será que vivi? Será que fiz tudo aquilo que quis realmente fazer? O que ficou por fazer? O que precisa ser refeito?
O que precisa de ser desfeito? Olho para o meu passado e não sei nada dele, está tão sombrio, tão sem vida...foco-me no presente mas não tenho nada aqui, somente consigo vislumbrar o embaciado da minha respiração que embacia os espelhos ao meu redor.
Espelhos. Todos eles me têm reflectida, a imagem errada de mim, aquela que é o oposto daquilo que desejo ser. Terei tempo para mudar? Conseguirei eu mudar? E se o futuro não chegar? Ficarei presa ao presente, um presente que não consigo enxergar. Vazio.
Encaro a lista que tenho diante de mim, uma longa lista, que em 22 anos ainda mal a risquei. Não risquei porque para isso tenho que arriscar e sejamos honestos, quem é o louco que se atreve a arriscar hoje em dia? Aqui?! Mas arriscar é viver, é dar um sentido à vida e a minha precisa de um. E eu preciso de um empurrão, porque daqui a 23 dias entro na casa dos 22. 22! E não vivi nada nem tenho nada para viver.
Tic...Tac...Tic...Tac...Tic...Tac...
É normal sentires medo, todos nós temos medo do incerto que a morte nos trás. Não queiras viver uma vida de riscos numa lista, podes nem conseguir riscar nada e seres extremamente feliz..! Temos sempre que viver, caso contrário não te tinham dado essa oportunidade. Força, vê a vida com as cores que ela tem.
ResponderEliminarR: O verniz é cor de rosa, não dá para ver bem :P
beijinho grande ♥ FORÇAAA
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