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Tu conseguiste. Tu esqueceste-me e trocaste alguns dias por todos estes anos, por tudo o que vivemos!
Tens noção do quanto isso magoou? Doeu de mais, saber que tu não te importas, que não precisas de mim e que tão pouco sentes a minha falta. Sempre acreditei que iríamos derrubar todas as barreiras, porque éramos capazes, porque éramos nós, mas parece que desta vez quem foi derrubada fui eu.
Não consigo olhar para ti, não consigo pensar em ti sem deixar que a raiva me ferva no sangue, não consigo. Sempre te perdoei as ausências, perdoei-te as vezes que precisei de ti mais que tudo, que precisava de um simples abraço teu quando o mundo me caía em cima dos ombros e tu não estavas lá, perdoei tudo, tudo e agora, chegamos ao fim. Chegamos a um ponto que não sou capaz de perdoar mais, que não sou capaz de confiar mais, nem se quer de gostar de ti. Eu daria tudo por ti, considerei-te das melhores pessoas que tinha na minha vida, considerei-nos algo de único, algo que eu nunca iria querer perder, aceitei todas as tuas diferenças, aceitei-te, amei-te. E ao fim de todos estes anos, tu deixas-me para trás, como se eu não fosse nada. Não consigo, nunca mais.
Perdeste-me, nunca devias ter voltado.
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