sexta-feira, maio 31, 2013

Floral dawn

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Numa noite comum conheceram-se, rodeadas por olhares alheios os seus olhos cruzaram-se anunciando o começo de uma história cujos capítulos ainda estavam para vir.
Entre olhares e sorrisos a magia deu lugar às palavras que embora não expressassem mais que os actos de outrora, podiam transmitir certezas na firmeza do timbre da voz. A noite mal tinha começado e ainda havia muito por descobrir, descobriram-se os olhares, os sorrisos, o timbre da voz e agora descobria-se o calor corporal ao som da batida que as colunas palpitavam, a proximidade dos corpos garantia que ainda havia muito por vir, a noite ia ser longa.
Dançavam encaixando-se como peças de um puzzle, no meio de tantas outras peças ainda perdidas, só elas pareciam fazer sentido. Volta e meia segredavam palavras ao ouvido uma da outra, fazendo parecer que naquele mundo não existia nada mais para além delas as duas. Não beberam nada, não se largaram e mesmo assim tudo parecia tão agradável, tão encantador, tão...apaixonado?!
A noite avançou, estava prestes a terminar nas a história ainda tinha muitas páginas por escrever, entre dúvidas e sorrisos envergonhados, o olhar apaixonado deu-lhe a confiança final e seguiu atrás dela, de mãos entrelaçadas. Seguiram pelas ruas vazias, com um toque gélido, como um casal há muito existente e após dois virares de esquina estavam em casa.
Em silêncio e um pouco acanhada foi conduzida para o quarto, ensinando-lhe os cantos à casa abrir a porta do quarto e sentou-se confortavelmente na cama puxando-lhe carinhosamente para si, no intuito de lhe tirar um pouco de timidez, agarrou-lhe a cinta e fez-la sentar-se sobre o seu colo num gesto só, chegou-lhe perto do rosto, sentiu-lhe a respiração ofegante e beijou-lhe os lábios transmitindo-lhe uma segurança raramente sentida. Sentiu a paixão nascer, cuidadosamente e quase a pedir permissão tirou-lhe a camisola e o resto da roupa que lhe cobria o restante corpo. Olhou-lhe pormenorizadamente e achou-a perfeita, beijou-lhe as cicatrizes do corpo e encarando-a revelou-lhe quase sem proferir qualquer som que para si ela "era perfeita". Nos olhos encontrou-lhe a pureza, não teve coragem de avançar com medos, despiu-a, despiu-se, deitou-a delicadamente sobre a cama e deixou-se ficar ali, admirando-lhe a textura da pele, as curvas do corpo e com um pincel, suavemente desenhava-lhe nas costas o amor que ali acabava de florescer. 

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